Iria colocar essa lembrança em meu caderno de oraçao, mas resolvi fazer uma postagem completa.
Também, nem deu tempo para eu orar direito, com o choque de saber como estava e a morte ja assolou.
Estou falando de minha tia Dinair, para nós a Lica ou Liquinha.
Na noite do dia 31/12/10 mais ou menos as 23:30 começou a passar mal em sua casa, piorou, foi levada ao hospital, teve uma parada cardiaca, demorando para se reanimar, voltou, entrou em coma profundo e na noite do dia primeiro, faleceu.
Recebi a noticia somente na tarde do dia primeiro, pois trabalhei na noite da virada de ano e quando cheguei em casa após ir na igreja fui dormir. Mal tive tempo para pensar na gravidade da situaçao e ja veio a pior noticia.
O enterro no domingo foi a coisa mais triste, embora todo enterro seja triste, ficar vendo os filhos ao redor do caixao chorando, lamentando e nao poder fazer nada.
Lembrei, lembrei das vezes que ia em sua casa, da primeira vez que me senti perdida, eu era menina e estava com ela e com uma comadre sua. Nao lembro o que foi fazer na cohab, e como la é tudo igual, nos perdemos e demos muitas voltas até encontrar o caminho de volta para casa.
Lembrei dos dias que passei em sua casa na praia de S.Vicente, eu tinha acabado de chegar de Salvador Ba e como ainda tinha uns dias das férias, fui para lá. Foi minha primeira férias com viagem.
Das vezes que ia em sua casa e ela fazia macarrao sem carne para mim. Tinha um tempero que erauma delicia. Gostava de comer lá.
Também lembrei do derrame que ela teve a acho mais ou menos dois anos atras e fui ver como estava, e com a sensibilidade da doença só chorava. Sentou comigo na area d sua casa com seu cachorro aos pés e ficamos um tempo conversando. Triste ve-la com um lado do corpo sendo arrastado.
Do cha de bebe de sua filha e da ultima vez que veio em casa.
Era a tia agregada (esposa de meu tio do meio) que eu mais tinha afinidade e gostava.
Só que lembrei também que parei de ir lá,assim como ja nao vou na casa de mais ninguém, não me importava de ligar, ja que estava tudo bem.
Achamos que somos eternos, que nunca perderemos ninguém e só percebemos quando perdemos.
Foi um momento triste, o culto funebre parecia faca sendo cravada no coraçao, mas trazia esperança.
Morreu na fé e crença da volta de Jesus.
Tenho a mesma fé, entao por mais dolorido que seja, posso dizer:
Só por um pouco e Deus te devolverá a nós, ja transformados e nunca mais separaremos
Nesse dia será uma festa, pois verei a todos por quem ja chorei e vivo esperando o dia desse reencontro
A fé é boa principalmente para momentos assim, nos consola e nos dá esperança
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