quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Crianças Pressionadas Demais, e Muito Cedo


Aquele que deu Eva a Adão por companheira... ordenou que homens e mulheres se unissem em santo matrimônio, para constituir famílias cujos membros, coroados de honra, fossem reconhecidos como membros da família celestial. A Ciência do Bom Viver, pág. 356. 


    Os filhos são a herança do Senhor e Lhe somos responsáveis pela administração de Sua propriedade. ... Trabalhem igualmente os pais para a família com amor, fé e oração, até que possam ir a Deus com alegria e dizer: "Eis-me aqui, com os filhos que me deu o Senhor." Isa. 8:18. Parábolas de Jesus, págs. 195 e 196.    A simpatia, paciência e amor exigidos no trato com crianças seriam uma bênção em todo lar. Elas poderiam abrandar e subjugar traços de caráter naqueles que necessitam ser mais otimistas e calmos. A presença de uma criança num lar suaviza e refina. Uma criança criada no temor do Senhor é uma bênção. Carta 329, 1904. 


   Os filhos são entregues aos pais como precioso depósito, o qual Deus um dia requererá de suas mãos. Devemos dedicar mais tempo a sua educação mais cuidado e mais oração. Eles necessitam mais da justa espécie de instrução. ... 


    Lembrai-vos de que vossos filhos são os mais jovens membros da família de Deus. Ele os tem entregue ao vosso cuidado, para que os prepareis e eduqueis para o Céu. Tereis que dar conta a Ele pela maneira como desempenhastes vosso sagrado dever. Review and Herald, 13 de junho de 1882.



    Cuidado e afeição por filhos dependentes removem as asperezas de nossa natureza, fazendo-nos ternos e compreensivos, e têm uma influência tendente a desenvolver os mais nobres elementos de nosso caráter. Testimonies, vol. 2, pág. 647.  


  Não é por leis ou regras arbitrárias que as graças do caráter se desenvolvem. É pela permanência na atmosfera do que é puro, nobre, verdadeiro. E onde quer que haja pureza de coração e nobreza de caráter, revelar-se-ão na pureza e nobreza das ações e do falar.


   Ensine-se às crianças e aos jovens que toda falta, toda dificuldade e todo erro vencidos se tornam um degrau no acesso a coisas melhores e mais elevadas. É mediante tais experiências que todos os que tornaram a vida digna de ser vivida conseguiram o êxito. Educação, pág. 296. 


A verdadeira educação significa mais que um curso de estudo. É vasta. Inclui o desenvolvimento harmônico de todas as aptidões físicas e das faculdades mentais.

    Muitas são as famílias com crianças que parecem bem-educadas enquanto se encontram sob a disciplina; quando, porém, o sistema que as ligou a certas regras se rompe, parecem incapazes de pensar, agir ou decidir por si mesmas. Essas crianças estiveram por tanto tempo sob uma regra de ferro, sem permissão de pensar ou agir por si mesmas naquilo em que era perfeitamente próprio que o fizessem, que não têm confiança em si mesmas, para procederem segundo seu próprio discernimento, tendo opinião própria.


    Os pais e professores que se gabam de ter completo domínio sobre a mente e a vontade das crianças sob seu cuidado, deixariam de gabar-se, caso pudessem acompanhar a vida futura das crianças que são assim postas em sujeição pela força ou o temor. Essas crianças acham-se quase de todo mal preparadas para partilhar das sérias responsabilidades da vida. Quando esses jovens não mais se encontram sob a direção de pais e mestres e se vêem forçados a pensar e agir por si mesmos, é quase certo tomarem uma direção errônea, e cederem ao poder da tentação. Não tornam esta vida um êxito, e as mesmas deficiências se manifestam em sua vida religiosa.


  Há perigo de tanto os pais como os professores comandarem e ditarem demasiadamente, ao passo que deixam de se pôr suficientemente em relações sociais com os filhos e alunos. Mantêm-se com freqüência muito reservados, e exercem sua autoridade de maneira fria, destituída de simpatia, que não pode atrair o coração das crianças.


O sistema de educação mantido por gerações tem sido destrutivo para a saúde, e mesmo para a própria vida. Muitas crianças têm passado cinco horas por dia em salas de aula mal ventiladas, sem suficiente espaço para a saudável acomodação dos alunos. O ar dessas salas fica em breve  envenenado para os pulmões que o inalam. Crianças, cujos membros e músculos não são fortes, e cujo cérebro ainda não se acha desenvolvido, têm sido conservadas portas a dentro, para dano seu. Muitas não têm senão escassa reserva com que começar a vida, e o confinamento na escola dia a dia, torna-as nervosas e doentes. Seu corpo é impedido de crescer em virtude da exausta condição de seus nervos.

Na sala de aulas está seguramente posto o fundamento para doenças de várias espécies. Mais especialmente, porém, o mais delicado de todos os órgãos - o cérebro - tem ficado muitas vezes permanentemente prejudicado por demasiado exercício. ... E a vida de muitos tem sido assim sacrificada por mães ambiciosas. Das crianças que, ao que parece, tiveram suficiente força de constituição para sobreviver a esse tratamento, muitas há que levam através da existência os seus efeitos. A energia nervosa cerebral fica tão fraca, que depois que eles chegam à maturidade, é-lhes impossível resistir a muito esforço mental. A força de alguns dos delicados órgãos do cérebro parece achar-se exausta. E não somente a saúde física e mental das crianças tem sido posta em risco por mandá-las demasiado cedo à escola, mas elas têm perdido no sentido moral. Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 436.


    Muitas crianças foram arruinadas para a vida em razão de se exigir demais do intelecto e negligenciar fortalecer o físico. Muitos têm morrido na infância devido ao procedimento seguido por pais e professores imprudentes, que forçaram o intelecto, por lisonja ou temor, quando essas crianças eram demasiado tenras para verem o interior de uma escola. A mente foi-lhes sobrecarregada com lições quando não deviam ser forçadas, antes contidas até que a constituição física estivesse suficientemente forte para suportar esforço mental. As criancinhas devem ser deixadas tão livres como cordeiros e correr ao ar livre, soltas e felizes, dando-lhes as melhores oportunidades de lançarem bases para uma constituição sadia.




Na primeira educação das crianças, muitos pais e mestres deixam de compreender que a primeira atenção precisa ser dada à constituição física, para garantir-se saúde física e mental. Tem sido costume animar crianças a freqüentar a escola quando simples bebês, necessitadas dos cuidados maternos. Numa idade delicada, são freqüentemente metidas em apinhadas salas de aula sem ventilação, onde se sentam em posição errônea em bancos malconstruídos e, em resultado, as tenras estruturas de alguns se têm deformado.

 Muitos pais conservam os filhos na escola quase o ano inteiro. Essas crianças seguem mecanicamente a rotina do estudo, mas não retêm o que aprendem. Muitos desses estudantes contínuos parecem quase destituídos de vida intelectual. A monotonia do estudo seguido fatiga o cérebro, e pouco é o interesse que tomam nas lições; e para muitos, torna-se penosa a aplicação aos livros. Não têm íntimo amor ao pensar, nem ambição de adquirir conhecimentos. Não estimulam em si mesmos hábitos de reflexão e pesquisa.


   Não se espera, no entanto, que os professores façam a obra dos pais. Tem havido, da parte de muitos pais, terrível negligência do dever. Como Eli, falham quanto a exercer a devida restrição; e depois, mandam os indisciplinados filhos para o colégio a fim de receber a educação que os pais lhes deviam ter ministrado em casa. 




Muito poucos reconhecem os benefícios do cuidado, da responsabilidade e experiência que as crianças trazem à família. ... Uma casa sem crianças é lugar desolado. O coração dos habitantes está em perigo de tornar-se egoísta, de cultivar um amor pela sua própria situação, e consultar seus próprios desejos e conveniências. Acumulam compaixão para si mesmos, mas pouco têm para conceder a outros. O cuidado e a afeição para com crianças dependentes, remove a rusticidade de nossa natureza, faz-nos temos e compassivos, e influi no desenvolvimento dos elementos nobres de nosso caráter. Testimonies, vol. 2, pág. 647. 



Foi Deus quem deu a vida e todos os dotes físicos e mentais de que a juventude é possuidora. Ele lhes concedeu aptidões para serem sabiamente desenvolvidas, a fim de realizarem obra que perdure como a eternidade. Em retribuição a Seus grandes dons, requer o devido cultivo e exercício das faculdades intelectuais e morais. Não lhes deu essas faculdades para mero divertimento, ou para que as empreguem mal, trabalhando contra Sua vontade e providência, mas para promover o conhecimento da verdade e da santidade do mundo. Em troca de Sua contínua bondade e infinitas misericórdias, reclama da parte deles bondade, veneração e amor. Exige justamente obediência às Suas leis e a todas as sábias regulamentações que restrinjam e guardem os jovens dos ardis de Satanás, e os conduzam por caminhos de paz. 




Textos extraidos do livro:  Conselhos Professores, Pais e Estudantes de Ellen White
www.ellenwhitebooks.com



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